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Primeiro evento-teste do país com público imunizado recebe cerca de 500 pessoas em Santa Catarina

O evento foi reflexo de um trabalho em conjunto de pesquisa aplicada.

30 de Julho
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Santa Catarina foi palco de um dos primeiros eventos-teste do país, nesta quinta-feira, 29, na Grande Florianópolis. O local escolhido foi o Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC), que, após 16 meses, recebeu o show gratuito da Camerata Florianópolis interpretando Mendelssohn e Beethoven. Dos mais de 900 lugares disponíveis no local, cerca de 500 foram utilizados para acompanhar a apresentação e servir como demarcação de segurança sanitária. O número foi pautado pelos pesquisadores que farão o monitoramento dos participantes pelos próximos 15 dias.

“Nossa intenção com o evento foi ir além de um concerto musical. Foi avaliar a segurança sanitária de eventos desse porte por meio de pesquisa científica. Colheremos o resultado daqui a alguns dias. Mas o acontecimento já foi um primeiro passo importante. Trabalhamos de forma uníssona e multissetorial, com a contribuição de todos. Com os protocolos sanitários da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a pesquisa da Univali e Unisul, o apoio do Senac e da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), além do acompanhamento próximo da nossa Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur), tivemos o máximo cuidado com as pessoas", apontou o governador Carlos Moisés.

O evento-teste seguiu a prática das determinações sanitárias de prevenção ao novo Coronavírus, com o uso de máscaras do modelo FFP2, o distanciamento de 1,5m, poltronas marcadas, sinalizações diferentes para cada região da plateia e não permitiu o consumo de bebidas e alimentos dentro do Teatro. A plateia foi formada apenas por moradores da Grande Florianópolis, completamente imunizados, com as duas doses ou dose única da vacina contra a Covid-19, respeitando o intervalo após a vacinação. Todos os espectadores passaram por teste RT-PCR durante a semana.

Ao chegar no estacionamento ou na porta principal, o público foi dividido por cores que estipulavam diferentes acessos. Não só a entrada principal da rampa foi utilizada, como também as laterais do CIC. Uma equipe de cerca de 20 monitores orientou o público na chegada e na saída. Espectadores acompanhados de familiares puderam sentar próximos, como indicado na compra do ingresso e no preenchimento do termo de aceite para a pesquisa.

Ao se dirigir ao assento, para realizar o check-in, o participante do estudo acessava um QR-Code de uma plataforma de rastreabilidade contratada pela Santur para fornecer nome, telefone e e-mail. Os dados foram encaminhados à SES para o monitoramento. A partir de agora, a Secretaria e as Universidades Unisul e Univali acompanharão por 15 dias as respostas imunológicas dos participantes. Depois de cinco dias, haverá novos testes RT-PCR para todos que participaram do evento. 

O superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário, sublinhou essa união científico-cultural do estudo: “Esse evento foi o reflexo de um longo trabalho em conjunto de pesquisa aplicada. Nossa intenção aqui é analisar comportamentos, atitudes, práticas, o que precisa ser aperfeiçoado e o impacto que gera algo assim, com alto nível de segurança”.